9.4.12

9 de abril - Nagasaki, Kumamoto, Beppu

Saímos de ônibus de Nagasaki em direção ao porto Taíra, onde pegamos o ferry boat com destino à ilha de Kumamoto. subimos para o deck do ferry boat, onde as gaivotas começaram a nos seguir - tem uma lojinha lá dentro que vende um pãozinho para alimentar as gaivotas, muito barato, só 100 yens (uma água mineral, 500 ml, sai a 120 yens, dependendo do lugar onde está a vending machine)
Menino, as gaivotas endoidam com o pãozinho! comprei um e elas vieram voando pegar na minha mão, uma gritaria danada, mais de 50 gaivotas voando, planando, gritando umas com as outras e bicando o pão - e os dedos - das pessoas. Fred fez um filme, assim que der eu subo pro youtube.
Um frio miserável agravado pelo vento forte; havia uma vending machine que servia comida quente - comprei uma batata frita que não estava essas coisas todas, mas estava quente e salgada. entramos para comer no restaurante (bem, não é restaurante, mas são mesas e assentos estilo dining anos 50). A viagem, de pouco mais de uma hora, passou ligeirinho.
Pegamos a estrada novamente com destino a Kumamoto e ao castelo de Kumamoto, que é uma réplica do castelo do século XVI - o original foi destruído na guerra, só sobrando uma torre de vigia. Mesmo sendo réplica, é imponente e majestoso e ninguém diz que foi refeito. As cerejeiras estão em flor, mas já estão caindo as pétalas, como na abertura do desenho Sakura Card  Captors. Subi os cinco andares de escada para ter a visão lá do alto, que vai até aonde a vista alcança. O castelo tem várias muralhas  e fossos, e o daimiyo que o construiu sabia muito bem o que estava fazendo. há seteiras no castelo e locais de onde despejavam óleo fervente nos inimigos. De tanto andar, subir e descer, as minhas pernas começaram a tremer e eu precisei sentar, descansar e beber bastante água para melhorar. Mas valeu a pena! o local estava cheio de turistas, ocidentais e japoneses. muitos velhinhos em cadeiras de roda...
Saímos por volta de meio dia, fomos almoçar na estação de trem, comemos um delicioso tempura - se eu pudesse, tempura seria meu café, almoço e jantar - e continuamos, de ônibus, no caminho de Beppu.
Paramos em um museu de beira de estrada, com aparência muito simples e nenhuma cara de museu. Já estava achando uma perda de tempo quando percebi a imensa coleção de carros, motos, pôsteres, brinquedos, móveis, vitrais, enfim, todo tipo de traquitana que o museu abriga. É uma coleção particular e abrange o período Showa (1926 a 1989), com direito a topo gigio, super homem e até a carenagem de um avião do tempo da guerra e um carro de corrida que tem uma foto do Piquet ao lado - como não há nenhuma identificação e o carro está todo pintado de branco, não sei qual a relação dos dois. No primeiro andar do museu há carruagens com esculturas de cavalo no tamanho natural, um carro preto com bandeira nazista, motos com sidecar duplo, um enorme ganesha esculpido em madeira... uma verdadeira profusão de relíquias que não têm uma organização muito clara, mas que é muito interessante.
Chegamos finalmente a Beppu, cidade que tem mar, montanha e floresta, além de fontes termais conhecidas em todo o Japão. Por toda a cidade se vê fumacinha saindo da terra - parece uma fogueirinha, mas não é. É vapor e, felizmente, sem cheiro nenhum.
Fui com o grupo e a guia Tomoko-san ao shopping perto do hotel, onde comprei uma pizza para fred enquanto o grupo jantava em um restaurante próximo. Só que dessa vez não houve como comprar sem falar japonês, e paguei o maior mico da minha vida: me servi de pizza no buffet, chamei a garçonete e pedi "to go". Ela não entendeu, sorriu e chamou outra garçonete, que também não entendeu, sorriu e chamou um cozinheiro, que também não entendeu, sorriu e chamou o chef. Tentei fazer mímicas, eles tentaram me responder, todos sorrimos muito, envergonhados, pedindo desculpas uns aos outros. Eu já tinha comprado a pizza e precisava pagar, mas não ia comer lá. Por fim, não tinha como fazerem para viagem e nem consegui que me dessem guardanapo. Peguei a pizza, coloquei direto na sacola de plástico de uma compra anterior, paguei e saí, sorrindo e me desculpando por não falar japonês. Encontrei o grupo e a guia ficou mortificada por eu ter passado por isso tudo, mas eu a acalmei. no shopping há um supermercado e nós compramos uns obentôs vazios para trazer comida - assim, eu não passaria de novo por esse problema. Fomos para o terceiro andar e eu comprei guioza para o jantar, e lá, finalmente, nos serviram para viagem - com a guia fazendo o pedido, obviamente - e o atendente, muito gentil, cedeu uma quentinha para a minha pizza.
Voltamos para o hotel, jantamos a pizza e o guiosa e fim da história.

2 comments:

  1. Hahaha toda viagem tem seu mico né? o nosso foi em Nara, a vendedora perguntou pro Ricbit se ele gostava do Buda, ele respondeu "Não!", ele tinha antedido errado e percebeu pela cara que ela fez, daí ele consertou, ufa!

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  2. mas entao como se pede 'to go" em japones?

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